Faces da utopia: inferno ou paraíso?
Palavras-chave:
Utopia, Educação, Imaginário, Utopia e distopia, Filosofia da educação, Cultura e educaçãoSinopse
O livro aborda três faces da palavra "utopia" . É importante ressaltar, segundo os autores, que quando usada na oralidade ou na escrita, a palavra utopia suscita ressonâncias distintas no ouvinte ou leitor, nem sempre coincidentes com o sentido que lhe é atribuído por quem a pronuncia ou escreve. Em seu conjunto, os três textos que compõem a obra dão conta de um modo de tratamento contraditório da complexidade do fenômeno utópico, embora se atendo a dimensões distintas. Alberto Filipe Araújo, a partir dos estudos do imaginário, põe em evidência traços da ilha e da cidade utópicas imaginadas por Tomas More - filósofo e advogado, autor do clássico Utopia -, que fazem delas expressão do "mito do paraíso". Joaquim Machado de Araújo, no capítulo "Faces da utopia - Esperança e responsabilidade de um mundo melhor", realça algumas caraterísticas da cidade utópica descrita por More como sendo discutíveis já para o próprio autor e que vieram a ser glosadas em muitas narrativas que, na modernidade, mostram a face negativa das utopias. Finalizando, no terceiro capítulo, Rogério de Almeida em "Utopia e distopia no imaginário cinematográfico contemporâneo", ancora a abordagem ao cinema em seus fundamentos educativos (o cognitivo, o filosófico, o estético, o mítico, o existencial, o antropológico e o poético).