Dialogando com experiências da educação dos anos 60: educação de adultos: Paulo Freire, escolas radiofônicas, os CPC e a UNE
Palavras-chave:
Educação popular, Paulo Freire, Brasil-urgente, AlfabetizaçãoSinopse
Esta publicação tem sua origem num trabalho de extensão, realizado no ano de 2002. Seu propósito original foi recuperar três importantes experiências educacionais e culturais ocorridas nos anos de 1960, por meio de seminários distintos que tiveram como expositores os seus próprios protagonistas, os sujeitos socias que lhes deram vida e amplitude. O primeiro seminário - “Os Ginásios Estaduais Vocacionais – um projeto coletivo de educação” – relatou a origem e trajetória desses Ginásios, que tiveram lugar na educação pública paulista, atravessando essa década e se constituem, até hoje, num marco de referência de qualidade da escola pública. Outro seminário - “Escola Estadual Experimental Prof. Edmundo de Carvalho – O Experimental da Lapa – sua trajetória e suas marcas”, contou com presença significativa dos profissionais da conhecida como Escola Experimental da Lapa, relatou sua organização, também lembrada entre os educadores presentes, contou com a participação da direção dessa escola e de seus profissionais, vários dos quais passaram a atuar em diferentes Universidades públicas e se tornaram referência para a formação de professores, especialmente. Por fim, o terceiro Seminário - “Educação de adultos: Paulo Freire, escolas radiofônicas, os CPC e a UNE”, objeto desta publicação, trouxe o tema da Educação de Jovens e Adultos (EJA), marcada pelo surgimento da figura de Paulo Freire e, também, pelas experiências da cultura e educação popular. O início dos anos de 1960 foi fértil na produção cultural: no teatro, na música, no cinema e na poesia. Marcaram essa época a participação de universitários, organizados na União Nacional dos Estudantes (UNE) e, ainda, a participação de jovens universitários e secundaristas que, mediados por setores progressistas da igreja católica, uniram-se aos operários, constituindo os movimentos da Juventude Operária Católica (JOC), Juventude Universitária Católica (JUC) e da Juventude Estudantil (Secundária) Católica (JEC), configurações que estiveram no Movimento da Educação de Base (MEB) e na formação de escolas radiofônicas, com importância em várias localidades do país. O momento de retrocesso cultural e social vivenciado no país nos anos de 2019 a 2022 dá maior relevância a essas experiências, cuja publicação contribui para a formulação de novas aproximações entre iniciativas no âmbito da cultura e da educação, que alimentem a busca pela superação da desigualdades sociais históricas do Brasil. Recuperar a memória de alguns destes projetos é o principal objetivo deste trabalho.
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